segunda-feira, 21 de junho de 2010

Saudades

Nestes últimos dias tenho sentido uma enorme falta do meu avô, uma saudade absurda! Tenho pensado nele com uma frequência enorme. Sabe, quando penso em meu avô, logo me vem à mente a idéia de que ele foi embora cedo demais. Ocorre que, quando meu querido avô faleceu, eu tinha entre 11 e 12 anos apenas; com essa idade, nós ainda não conhecemos realmente as pessoas, logo, meu avô foi embora cedo demais, justamente por eu sequer ter tido tempo o suficiente para conhecê-lo...
Como terrível consequência disto tudo, eu acabo sentindo falta de tudo que não vivemos, de momentos que nós não tivemos. Tenho certeza que ele estaria extremamente orgulhoso de mim agora. Tenho certeza, ainda, que eu seria a neta mais orgulhosa possível.
Quando minha mãe me conta algumas coisas sobre meu avô, eu percebo que ele tinha exatamente as características que eu mais admiro nas pessoas; ela me conta de todas as coisas que ele viveu, de como ele gostava de estudar filosofia (e como isso acabou encrencando ele na época da ditadura militar), de como ele gostava de ler sobre praticamente tudo; da falta de ritmo, que fazia com que ele dançasse exatamente do mesmo jeito, não importando a música que estivesse tocando. Parece que eu não pude viver tempo o suficiente com quem seria, hoje, meu herói! É, isso me faz muita falta.
A última lembrança que tenho dele é de aproximadamente 12 anos atrás, tarde da noite, nós dois bebendo capuccino na sala do apartamento em Brasília, simplesmente conversando... Não me lembro sobre o que estávamos falando, mas lembro que foi uma conversa tão agradável, que quando terminou, pensei: "quero ter momentos como este mais vezes".
Ainda espero ter momentos como este mais vezes, Vovô!