sábado, 27 de dezembro de 2008

I hate being so far, where I just can't go by car...

Queria ter tido dois Natais este ano. Ou então queria poder estar em dois lugares ao mesmo tempo. O meu Natal foi ótimo, familiares de Brasília e São Paulo vieram pra cá. Foi ótimo rever todo mundo, saber o que anda acontecendo na vida dos meus primos e ver o quanto todos nós crescemos. Chega a ser estranho conversar sobre assuntos sérios com eles. Tenho dois primos que já estão formados, um deles, inclusive, já está trabalhando muito, dando plantões e tudo mais. É estranho ver aquelas pessoas que eu conheço desde criancinhas, hoje tão crescidas... Mas é bom ver o caminho que todos nós estamos tomando! E é muito bom também ter contato com quem me conhece desde que nasci.
O grande problema é que minha irmã não veio passar o Natal conosco, e meu pai foi pra Brasília passar o Natal com ela; e junto com meu pai foram a minha madrasta e a minha irmãzinha mais nova.
Por isso queria ter tido dois Natais. Eu não abro mão de passar o Natal com Mamãe; seria muito estranho. Mas em compensação, nunca passei nenhuma dessas datas ao lado de meu pai. Seria legal poder estar com todo mundo ao mesmo tempo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Saudade

"Saudade: lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia. Segundo a BBC de Londres, a palavra saudade, em português, integra uma lista compilada por uma empresa britânica com opiniões de mil tradutores profissionais, como a sétima mais difícil do mundo para se traduzir ."

Me lembro que, um dia, um professor da faculdade me disse que a palavra saudade só existe no nosso idioma, não tendo nada equivalente em outros idiomas. Uma simples palavra expressa tanta coisa. Uma palavra tão forte e às vezes até tão bonita. Só sente saudades quem sente, quem gosta (ou um dia já gostou).
A saudade pode chegar a ser agoniante de tão forte; saudade de tirar a fome, saudade de tirar o sono. A saudade pode deixar as pessoas como se estivessem "em coma", sem conseguir se concentrar em absolutamente nada, como se acordassem e apertassem o botão que diz "modo automático".
Eu sinto muitas saudades. Tenho saudades do meu pai, que mora longe, Das minhas irmãs, que moram longe. Sinto saudades de pessoas que já não estão mais comigo. Já cheguei a sentir saudades até mesmo do que eu nunca tive de verdade...
Há quem diga que o melhor idioma para os poetas é o português brasileiro, porque é o único que tem a palavra saudade, palavra definida pela gramática como substantivo abstrato; mas tão abstrato, que chega a ser difícil, ou melhor, impossível de ser traduzida, de ser explicada.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O anjo mais velho

"O dia mente a cor da noite.
E o diamante a cor dos olhos.
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar

(O Teatro Mágico)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Atitudes X Palavras

Sempre acreditei que atitudes valem mais do que palavras. Muito mais, a ponto de suprir totalmente a "falta de palavras". Já vi gente que pensa o oposto, que as palavras valem muito mais; tanto mais que não importa como você age, desde que diga palavras reconfortantes...
Hoje vi que os dois modos de pensar são errados. O certo é quando as atitudes são tomadas e as palavras são ditas. O certo é quando atitude e palavras estão em plena harmonia.
E aí sim, ninguém, nunca, terá dúvidas do que você sente.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Só tem como saber qual a reação que vou ter quando estou diante do caso concreto. Sabe quando você espera muito que algo aconteça e, quando acontece, nem é tão grande coisa como parecia ser?
É uma sensação agoniante e confusa. Você começa a se perguntar se era realmente aquilo que você queria ou se aconteceu realmente do jeito que devia acontecer... E dá aquela sensação ruim, como se fosse um derrota; e quanto mais você pensa, mais confuso(a) fica. Acho que simplesmente não tem como chegar a uma conclusão.
Provavelmente o inexplicado seja mais gostoso justamente por eu não ter, previamente, despejado tantas expectativas. É, as expectativas acabam por frustrar a realidade, principalmente quando se é um romântico, que imagina tudo perfeito, nos mínimos detalhes.
Não vou dizer nunca, mas, muitas vezes, o sonho realizado não ocorre exatamente da mesma maneira que era esperada, e então, acaba por não ser, de fato, um sonho realizado.
O que vale não é só o resultado final, mas também o que vem antes e as conseqüências.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

vou procurar alguém
pra retirar do chão
todo o amor em vão
jogado em minhas mãos
que eu desperdicei
nunca mais encontrei

alguém com tanto zelo
e também tão sincero...

e eu nunca aprendi
a aproveitar o amor
que foi entregue à mim
confiado em mim

vou procurar alguém
pra retirar do chão
todo o amor em vão
jogado em minhas mãos
que eu vou desperdiçar
nunca mais encontrar...

domingo, 23 de novembro de 2008

Alice

De onde vem tudo isso? Pra que tanto sacrifício? Todos os dias ela acorda e faz tudo de novo, mesmo pensando ser tudo em vão.
E cada vez mais tem a certeza de que o mundo não se importa se ela sorriu ou se uma lágrima caiu; e talvez não faça diferença mesmo.
Vivendo a vida em vão, esperando alguma coisa acontecer. Alguma coisa? Não adianta se enganar, porque um dia, a verdade vem à tona, mas enquanto isso, ela prefere ficar se enganando.
Pensa que a vida nada mais é do que seu cotidiano, coisas casuais. Mas lá no fundo do pensamento, tem algo a mais, não sei por quanto tempo, mas tem.
Talvez ela pense que a vida é um livro com final feliz. Mas na verdade, o livro ainda está incabado e nem sempre os finais são felizes. O que ela faria se soubesse que nem todos os finais são felizes? Aliás, de que adianta um final feliz se o percurso inteiro foi puro sofrimento?
E agora, como sempre, ela se sente como aquela personagem de Alice no País das Maravilhas, que fica parada, contando as horas num relógio parado.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Esses dias eu confundi sonho com realidade. E o melhor é que não foi a primeira vez que isso aconteceu. Há muito tempo eu sonho com alguma coisa e depois que acordo, não sei se foi sonho ou realidade.
Já cheguei até a combinar de encontrar com meus tios, ficar esperando e eles não aparecerem. Depois descobri que não havia combinado nada, e sim sonhado. É estranho como a realidade pode se misturar com o que não é real.
Por exemplo, eu tenho certeza que uma certa vez, eu estava viajando e um trem veio na contra-mão e atravessou o carro (um trem fantasma), mas algumas pessoas cismam em me dizer que eu sonhei e que isso nunca aconteceu. Vai saber...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

We'll never feel bad anymore

Não gosto nem um pouco de frases feitas, mas esses dias li uma (não sei aonde) que me chamou atenção (não sei por qual motivo). "A felicidade deve ser a regra, e não a exceção". Eu acredito nisso, de verdade. Não acredito que todos nós devemos realmente - e conseguimos - buscar a felicidade dentro de nós mesmos e blá-blá-blá... Até porque não tem como fugir de fatores externos, e esses tais fatores influem sim, e muito no humor. Mas é possível ser feliz com pequenas coisas, e até com coisas boas que acontecem o tempo inteiro.
Bom, a verdade é que eu raramente escrevo sobre coisas felizes ou sobre a felicidade. Quem me conhece, sabe muito bem que eu não sou uma pessoa triste e nem tenho andado triste ultimamente. Na verdade, na maior parte do tempo, eu sou o oposto de triste.
Mas sentir a tristeza, uma hora ou outra, é característica do ser humano, penso eu. E escrever sobre coisas tristes ou melancólicas às vezes é mais fácil justamente por ser a exceção; por ser algo que todo mundo sente, pelo menos uma vez ao dia, mas que não costuma ficar falando sobre o assunto, mas gosta de ler ou, quem sabe, de escrever.
Mudando de assunto, comecei a ler um livro da Lispector e tem hora que parece que eu estou lendo algo que eu escreveria, do tanto que eu me identifico. E pior que não é a primeira vez que isso acontece. Uma frase mínima consegue traduzir mil e um sentimentos que nunca consegui e provavelmente nunca conseguiria traduzir em palavras.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Domínio Público

Conhece o Domínio Público? É um site muito legal que possibilita que a gente faça download de vários livros clássicos da literatura. Tem livros de Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Fernando Pessoa, Shakespeare, entre outros! Inclusive, esse site ganhou um link aqui do lado.
Essas obras todas já possuem domínio público (ou seja, não existem mais direitos autorais) ou então tiveram suas publicações autorizadas. É uma iniciativa muito legal, porque proporciona conhecimento grátis pra todo mundo. Basta entrar no site, escolher a obra e fazer o download de graça.
O problema é que o domínio público está em vias de ser tirado do ar devido ao baixo número de acessos. Triste né?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Mais do mesmo

De vez em sempre, pequenas mudanças acontecem na vida de todo mundo. E mudanças são boas! A gente sempre se sente entediado quando a única coisa que temos, todos os dias, é mais do mesmo.
O problema é quando acontecem as grandes mudanças! Parece que ninguém nunca tá preparado para as grandes mudanças. Pelo menos eu me sinto assim.
Quando acontece algo muito traumático, é como se eu estivesse num cômodo fechado e alguém, de repente, apagasse a luz; e daí, eu não consigo enxergar mais nada, não sei o que fazer, fico literalmente perdida. É como se todos os monstros pudessem sair de baixo da minha cama e viessem me pegar, sem que eu ao menos pudesse enxergá-los.
Mas depois de um tempo, a visão se acostuma com a escuridão e, aos poucos, eu começo a enxergar alguns detalhes, começo a enxergar a realidade e consigo ver se "os monstros realmente existem".
E, finalmente, como eu já consigo ter uma visão mais clara das coisas, basta caminhar e acender a luz novamente.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

solo

Solidão não é a falta de gente pra conversar, namorar, passear... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é Saudade.
Solidão não é um retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos.... Isso é equilíbrio.
Tampouco é claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado, tampouco a plenitude de gente à nossa volta... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto.
Solidão é quando nos perdemos da maior e melhor amiga, a nossa maior e mais forte aliada, da nossa maior e mais completa companhia...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos, em vão, pela nossa alma.
Isso é o sintoma da depressão – Doença que tem levado ao desânimo e à tristeza profunda milhares de pessoas.
Depressão é a perda da alma, sem conexão sagrada que deve existir em nosso corpo e em nosso espírito, solidão que nos leva ao desespero; e a depressão é o rompimento entre o que temos vivido e o realmente somos; é a falta de comunicação sincera entre o que aparentamos e o que trazemos no coração.
Seja coerente consigo mesmo. Aprenda a ouvir o seu coração. Faça-se as mesmas perguntas, quantas vezes forem necessárias: “O que é pra mim? “O que é certo e errado? “Quem eu sou, a respeito do que querem que eu seja”? E quando você conseguir responder a si mesmo todas as perguntas e agir conforme as suas próprias respostas, então não será mais só, porque terá a si mesmo de verdade e por inteiro, com calma, espírito e coração.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A gente pode brincar de falar sério
e pode até tentar ser sincero
a gente pode fazer da vida o que quiser
mas o problema
é saber o que a gente quer

As coisas vivem mudando e se disfarçando
pessoas vivem chorando
e chorando... vão levando a vida
como se estivessem simplesmente esperando a validade expirar

Ah, eu não quero ir levando assim
eu prefiro pôr um fim
nem que seja pra acabar
com o que me conforta
eu não quero mais mentir pra mim

Não adianta chegar depois que a luta acabou
não vale a pena chorar pelo que já chorou
e se o problema for abrir os olhos
é só acordar.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

...

Essa vida de responsabilidades é decepcionante, principalmente porque transforma minha vida numa rotina da qual eu não consigo fugir.
É muito chato ter que acordar cedo num dia chuvoso, em que eu preferiria ficar embaixo das cobertas, tomando meu café com leite na caneca e vendo TV.
É muito chato ter que dormir cedo por ter aula no dia seguinte, sendo que a minha vontade é ficar até de madrugada tomando sorvete e fazendo praticamente nada.
É muito chato ter que deixar de lado um montão de livros interessantes em época de provas e ter que ficar lendo só-somente-só direito.
Bom mesmo é comer quantos doces quiser sem se preocupar com as cáries!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

.Bienvenido

A vontade me expressar acabou fazendo com que eu me rendesse e criasse um blog. Não é o primeiro e provavelmente não será o último.
Mas é meu blog!
Bienvenido para moi!

au revoir!