sábado, 29 de dezembro de 2012

Não tem jeito. Quando o fim do ano se aproxima, é inevitável que façamos um balanço. Revivemos os momentos do ano que está findando e desejamos coisas melhores para os que estão por vir.

Eu fiz um balanço de 2012. Ah, fiz sim! Foi um ano sui generis. Tanta coisa aconteceu. Minha vida mudou tanto e, ao mesmo tempo, mudou tão pouco... Conheci muitas pessoas, mas fiquei próxima de pouquíssimas. Sim, muitas pessoas passaram por minha vida durante esse ano, mas poucas permaneceram. Algumas retornaram, o que me deixa extremamente feliz. Outras, contra a minha vontade, se foram...

Eu me lembro que, na última noite de 2011, eu desejei uma única coisa para 2012: S A B E D O R I A. Até roupa de baixo amarela usei! Ainda fiz questão de deixar bem claro que o amarelo era para sabedoria; não para dinheiro. 

Ao que tudo indica, a sabedoria veio. De maneira dolorosa. Bastante. Aprendi muito sobre a vida. Mas, sobretudo, aprendi muito sobre mim mesma. Aprendi que eu havia me perdido de mim. Aprendi que, o tempo todo em que eu não gostava de mim mesma, sempre desejando ter a vida de outra pessoa, eu deixava de viver uma vida maravilhosa; eu deixava de ser EU. Aprendi que eu gosto, sim, de mim. E hoje não tenho mais motivos para desejar a vida de mais ninguém. Hoje não tenho mais motivos para fugir de mim mesma e nem para me esconder.

Mas, como eu disse, a sabedoria veio para mim de maneira dolorosa. Me aconteceram coisas que eu não queria. Algumas coisas que eu pensei que não suportaria. Tive poucas derrotas, mas extremamente significantes. Derrotas que me nocautearam e me deixaram no chão por bastante tempo. A dor diminuiu, mas confesso que meu coração ainda não está tranquilo.

Em 2012, eu sorri pouco e chorei bastante. Meus amigos sabem o quanto eu chorei! Estive próxima de realizar um sonho, mas ele se desintegrou diante de meus olhos. A partir daí, eu busquei refúgio, busquei novos interesses, novas pessoas, novos pontos de vista. Busquei uma nova vida, mas no fim, encontrei eu mesma. A pessoa que sempre fui. Como dizem: a boa e velha eu.

Enfim, não sei se o saldo desse ano é positivo ou negativo. Mas agora preciso começar a pensar em meus cinco objetivos para 2013. Talvez o objetivo seja um só: ser feliz.  

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Na sua estante

Te vejo errando e isso não é pecado,
 

Exceto quando faz outra pessoa sangrar
 

Te vejo sonhando e isso dá medo

Perdido num mundo que não dá pra entrar
 

Você está saindo da minha vida
 

E parece que vai demorar

Se não souber voltar ao menos mande notícias
 

Você acha que eu sou louca
 

Mas tudo vai se encaixar

Tô aproveitando cada segundo
 

Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
 

Em outros timbres, outros risos
 

Eu estava aqui o tempo todo
 

Só você não viu

Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
 

Dessa vez eu já vesti minha armadura
 

E mesmo que nada funcione

Eu estarei de pé, de queixo erguido
 

Depois você me vê vermelha e acha graça
 

Mas eu não ficaria bem na sua estante

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

...

Heart beats fast
Colors and promises
How to be brave
How can I love when I'm afraid to fall
But watching you stand alone
All of my doubt suddenly goes away somehow
One step closer


I have died everyday waiting for you
Darling don't be afraid I have loved you
For a thousand years
I'll love you for a thousand more


Time stands still
Beauty in all she is
I will be brave
I will not let anything take away
What's standing in front of me
Every breath
Every hour has come to this
One step closer


I have died everyday waiting for you
Darling don't be afraid I have loved you
For a thousand years
I'll love you for a thousand more

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Bem que minha mãe me disse que a gente sobrevive a tudo. O importante é que, além de sobreviver, a gente não fique com o coração endurecido.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

... e, de repente, você percebe o que realmente importa. Quanto tempo passou, quanta coisa aconteceu, e quantas pessoas já foram embora. São coisas da vida! Fazer o que?


sábado, 8 de dezembro de 2012


Se o tempo se abrir talvez
Entenda a razão de ser
De não querer sentar pra discutir
De fazer birra toda vez que peço tempo pra me ouvir
A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Eu que nunca discuti o amor
Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Devaneios...

Eu sei que minhas palavras, atualmente, não mais ocupam tanto espaço neste blog. Isso talvez se dê pelo fato de que a vontade de me expor se dissipou tão rapidamente quanto apareceu. Sabe, eu nunca fui muito de me expor, de falar sobre mim... Não somente por ser tímida e, às vezes, sentir uma certa insegurança, mas principalmente por ter (quase) certeza de que ninguém realmente se importa.

É, ninguém realmente se importa com o que a gente vem sentindo e com quem realmente somos. Ninguém realmente se importa com o que se passa lá dentro, onde ninguém vê. Ninguém quer atravessar o espelho. Então talvez seja melhor deixar tudo bem escondido e mostrar o que temos de melhor.

Também há uma certa dificuldade em escrever certas coisas aqui pensando que as pessoas irão ler. Algumas irão entender. E aí fica mais fácil escrever uma música, uma poesia, um texto bonito já escrito por outrem; e se alguém vier me perguntar, eu posso simplesmente responder que é apenas uma música, apenas uma poesia que me agrada...

Sim, quando a gente tem tanto medo em se expor, é bem difícil manter um blog, que nada mais é do que um diário público. Mais fácil me apropriar das palavras alheias e fazê-las minhas. Ah, mas como eu gostaria de conseguir escrever algo bonito, tão bonito quanto o que eu venho lendo!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Estrelas



Eu sei, você já parou de contar as estrelas do céu
E eu não, eu não posso mais te ajudar a dizer onde estão
Seu olhar pesado me prende ao solo
E eu sei, eu não posso mais flutuar
entre estrelas do céu que você apagou


Falta um pouco de luz nos seus olhos
e me dá saudade o seu rosto brilhando ao sol
Falta um pouco de amor no seu corpo
e eu não posso te dar pois em mim faltará também


Talvez, se a gente encontrasse um lugar pra recarregar nosso amor
então, quem sabe eu pudesse enxergar vida no que nos restou
e essa estrela morta brilharia um sol
Meu bem, o pouco que eu posso te dar
É tudo o que eu já te dei e que não te bastou


Falta um pouco de luz nos seus olhos
e me dá saudade o seu rosto brilhando ao sol
Falta um pouco de amor no seu corpo
e eu não posso te dar pois em mim faltará também


Eu sei que você vê tudo o que eu faço
Eu sei que você lê tudo o que escrevo
Escrevo pra você


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Você tem que saber que eu quero correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

...

Oh, let's pretend we never met
Like we ain't fallen in love yet
I will chase you 'round the kitchen
You can chase me 'round the bed
(...)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz,
Quem então agora eu seria?

domingo, 25 de novembro de 2012

Como é difícil perceber e aceitar que a gente não tem nenhum poder sobre as pessoas. Como é difícil ser esquecido, ser deixado de lado, ou simplesmente deixar de ser lembrado. 
É fácil quando quem esquece é a gente; quando quem segue em frente é a gente. Mas às vezes é interessante estarmos do outro lado para termos a consciência de que, de fato, vivemos sozinhos. Eu devo ser o essencial para a minha vida. E eu não sou essencial para a vida de mais ninguém. É claro que existe um caso ou outro diferente disso, mas normalmente, quando é assim, as coisas não costumam terminar muito bem. 
Creio que eu esteja na fase de maior aprendizado de minha vida. E eu prometo que estou tentando tirar o máximo de proveito disso tudo. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Uma manhã difícil. Um dia difícil. Uma vida difícil. Todos os dia ela acorda com esperanças de que tudo vai mudar. E todas as noites, antes de dormir, ela reza e pede a Deus que amanhã seja um dia melhor.

E após rezar, ela chora um pouco, mas depois tenta conter as lágrimas, acreditando que amanhã seu sorriso irá aparecer.

Todos à sua volta se perguntam: "até quando essa esperança vai durar? Por mais quanto tempo essa garota vai acreditar e sonhar com dias melhores?" - Parece que o sol nasce para poucos. Parece que, para ela, os dias melhores não virão.

Então a alegria dela talvez seja sonhar, acreditar, ter esperanças. Mas que vida triste ela vai viver! E então, ela suspira e se lamenta: "Ah, mas que lástima. Justo a mim, coube ser eu".

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Eu estou cansada dessa vida sem graça
Estou cansada de não fazer nada
Estou cansada de não ser eu de verdade

Eu quero gritar com a voz desesperada
Com uma alegria desavergonhada
Quero cantar a tristeza e tudo mais que há em mim

Eu sei, você nunca me viu chorar
Mas também nunca me viu sorrir
Você sempre me perguntou se eu era feliz
Você sempre se perguntou se eu estava feliz

Eu sei que pode soar estranho
Mas eu quero ser triste, e ser alegre também
Quero sorrir e chorar
Sem medo de me mostrar

Eu quero, enfim, começar a minha vida
Deixar de ser um figurante
Ou coadjuvante
Hoje eu quero o papel principal

domingo, 11 de novembro de 2012

Melancolia

Sempre tive um pouco de receio de escrever num blog ou em qualquer outro lugar em que que outras pessoas, além de mim, poderiam ler. Isso porque eu tendo a escrever sobre coisas tristes. Não tem jeito. Quando eu vou escrever sobre sentimentos mais profundos, surge uma certa melancolia.

E eu sou uma melancólica confessa. Assumo. Sempre tive uma certa melancolia em mim. Mas não sou uma pessoa triste, como às vezes pode parecer por aqui. É claro que, por algumas vezes, fui mais triste do que feliz, mas não sou uma pessoa triste. Não sou mesmo.

Acontece que a melancolia tem algo de bonito. Pensar mais profundamente parece ser sinônimo de pensar em coisas mais tristes, mais instigantes. Aprecio muito quando leio algo que exprime felicidade, quanto mais intensa a felicidade, mais bonitas se tornam as palavras.

Mas parece que eu simplesmente não consigo escrever muito sobre a felicidade. 

Sei que, atualmente, eu tenho sentido uma felicidade estranha, diferente. Não consigo expressar isso em palavras. Então, por mais que eu me sinta feliz, acho que meus escritos sempre serão um tanto quanto tristes. Mas qual o problema? Há uma certa beleza nessa tristeza toda, não é mesmo?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012




Preciso de outra história
Algo que saia do meu peito
Minha vida está entediante
Preciso de algo que eu não posso confessar
(...)
Diga-me o que quer ouvir
Algo que agradará os seus ouvidos
Cansado de toda esta insinceridade
Então abrirei mão de todos os meus segredos
Dessa vez
Não preciso de outra mentira perfeita
Não me preocupo se as críticas nunca aparecem de uma só vez
Eu estou me desfazendo de todos os meus segredos

terça-feira, 6 de novembro de 2012

À Palo Seco

Respirar fundo e recomeçar... Parece que consegui. Respirei fundo e, finalmente, voltei para mim. Parece que às vezes é necessário olhar o presente e o passado para descobrir se o que está por vir é realmente o que você quer; se é realmente o que vai te fazer feliz. 

Bem, à primeira vista, quando analisei o mundo ao meu redor, parecia que eu estava cansada de tudo e de todos. Parecia que eu era diferente de todo mundo e que nada nesse mundo, enfim, poderia me fazer feliz; que nada nesse mundo me fazia bem. 

Mas bem que me avisaram que, quando tudo parece errado, muitas vezes, o errado é você mesmo. Percebi que eu estava deixando minha vida seguir o rumo que o destino escolhesse; estava me prendendo demais nas coisas maléficas; e as coisas boas... Bem, as coisas boas pareciam não mais importar.

Sei que, por várias vezes, já disse para mim mesma que eu havia mudado. Que esse era um novo dia e que, agora, eu estava diferente; que agora, minha vida seria diferente... Mas dessa vez parece ser mais sério do que nunca.

Agora só consigo pensar numa canção:

"Se você vier me perguntar por onde andei no tempo em que você sonhava / De olhos aberto lhe direi: - Amigo, eu me desesperava / Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em setenta e seis / Mas ando mesmo descontente, desesperadamente eu grito em português (...)"

segunda-feira, 22 de outubro de 2012



É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê.

Eu vou tirar você desse lugar


Olha... A primeira vez que eu estive aqui
Foi só pra me distrair
Eu vim em busca do amor
Olha..
Foi então que eu te conheci
Naquela noite fria
Em seus braços
meus problemas esqueci
Olha...
A segunda vez que eu estive aqui
Já não foi pra distrair
Eu senti saudade de você
Olha...
Eu precisei do seu carinho
Pois eu me sentia tão sozinho
Já não podia mais lhe esquecer
Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não interessa
O que os outros vão pensar
Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não interessa
O que os outros vão pensar
Eu sei...
Que você tem medo de não dar certo
Pensa que o passado vai estar sempre perto
E que um dia eu posso me arrepender
Eu quero
Que você não pense nada triste
Pois quando o amor existe
Não existe tempo pra sofrer
Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não interessa
O que os outros vão pensar
Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não interessa
O que os outros vão pensar
Eu vou tirar você desse lugar

E quando eu ouço essa música, só consigo pensar numa coisa: onde eu estava esse tempo todo?

domingo, 21 de outubro de 2012



Solidão

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tem gente que gosta de sorrir; e tem gente que gosta de chorar
Tem gente que gosta de se realizar; e tem gente que gosta de se lamentar
Tem gente que gosta de viver bem; e tem gente que prefere complicar
Tem gente que gosta de ter uma vida plena; e tem gente que acha que não merece as coisas boas que conquistou
Tem gente que gosta de ser feliz; e tem gente que gosta de ser triste
Tem gente de todo jeito, e tem gosto pra tudo nesse mundo
Mas eu já fui feliz; e já fui triste também
Não tenho dúvidas:
Ser alegre é melhor do que ser triste; alegria é a melhor coisa que existe (já dizia aquela canção)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Era uma vez... E, de repente, tudo mudou. É, foi exatamente assim. Tudo mudou; mudou o que eu era, e talvez até o que eu seria. Eu tenho me sentido tensa; acordo, há dias, com taquicardia. Justo eu, que sempre pareci tão calma.. Serena... Ando impaciente, cansada de quase tudo e de quase todos.

O bom disso tudo é que descobri que continuo sendo humana. Justo eu, que vinha me tornando, a cada mais mais racional, me entreguei à emoção e me despi da razão. E nessa brincadeira, eu perdi toda a disciplina e os bons hábitos que custei a conquistar. Eu saí totalmente do caminho que havia trilhado, e isso me incomoda um pouco (bastante), eu sei..

Mas ao mesmo tempo em que eu tenho tanta pressa em crescer, eu me sinto muito nova para me preocupar dessa maneira, ainda mais quando as coisas parecem acontecer tão depressa, totalmente fora de controle. Não sei quando essa tensão toda vai acabar, mas só espero que eu consiga tirar, pelo menos, algo de bom nisso tudo. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Tempo


Invernos
Impérios
Mistérios
Lembranças
Cobranças
Vinganças
Assim como a dor
Que fere o peito
Isso vai passar
Também
E todo o medo, o desespero
E a alegria
E a tempestade, a falsidade
A calmaria
E os teus espinhos
E o frio que eu sinto
Isso vai passar
Também
Saudades
Vaidades
Verdades
Coragem
Miragens
E a imagem no espelho
Como a dor
Que fere o peito
Isso vai passar
Também
E todo o medo, o desespero
E a alegria
E a tempestade, a falsidade
A calmaria
E os teus espinhos
E o frio que eu sinto
Isso vai passar
Também

sábado, 13 de outubro de 2012

Saudades




(...)
De repente topou com uma mesinha de três pernas, feita de vidro maciço; sobre ela não havia nada, a não ser uma minúscula chave de ouro, e a primeira ideia de Alice foi que devia pertencer a uma das portas do salão; mas, que pena! ou as fechaduras eram grandes demais, ou a chave era pequena demais, de qualquer maneira não abria nenhuma delas. No entanto, na segunda rodada, deu com uma cortina baixa que não havia notado antes; atrás dela havia uma portinha de uns quarenta centímetros de altura; experimentou a chavezinha de ouro, que, para sua grande alegria, serviu!
(...)

E então eu me pergunto: será que sempre tem algo "atrás da cortina" e nós, sempre tão cegos e distraídos, apenas não percebemos?

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O tempo passou
e eu nem percebi
O que vim fazendo esse tempo todo?
Nem sei...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Esses dias, notei que, em certos aspectos, minha vida estava estacionada. Não evoluía. Em certos aspectos, eu continuava com minha preocupações bobas e com meus medos infantis. Por mais que algumas coisas que me incomodassem, e eu, agora, pudesse fazer algo para mudar, só o que eu fazia era continuar a me lamentar e me entristecer.

Agora eu percebi que é necessário evoluir. E, às vezes, para evoluir, é necessário que a gente se afaste de algumas situações, porque essas situações nos prendem, nos impedem de continuar a caminhar; e por mais difícil que seja se desvencilhar de algumas coisas, assumir certas responsabilidades e, quiçá, correr alguns riscos, isso tudo é necessário e só nos torna mais fortes, maiores e melhores.

Percebi que a evolução intelectual / profissional é muito importante, mas não é tudo. Enfim, agora é hora de alçar voos maiores.

domingo, 7 de outubro de 2012


Eu sempre fui um pouco "sinestésica" com algumas coisas... Sempre liguei pessoas a cores, ouço uma música e penso numa emoção, vejo uma foto ou uma paisagem, e já imagino um texto ou uma frase que teria tudo a ver.

Dessa forma, eu sempre tinha algo a pensar, algo a escrever. Sempre fui do tipo "pensa mais do que fala", mas eu sempre tinha algo em mente, as palavras sempre fluíram de uma forma gostosa na minha mente. Acho que, por isso, sempre gostei muito de escrever. Sempre tem um sentimento, um acontecimento, por mais casual que seja, que me faz querer escrever, me faz sentir algo profundo.

Mas não nos dias de hoje. Estou me engasgando com as palavras. Acho que estou num momento tão confuso, tão tenso e tão intenso, que minha mente mal consegue trabalhar. Só o que consigo pensar é em um emaranhado de palavras que não fazem o mínimo sentido, e isso tem me deixado mal. Acho que minha mente está doente.

O clipe que coloquei no topo não traduz o que eu sinto no momento, mas como eu gostaria de estar me sentindo. Com o fim dos dias de cão; com a felicidade me atingindo como um trem, e me tomando por inteiro. Mas a felicidade não chegou aqui. Ainda não consegui encontrar o interruptor para acender a luz. Justo eu, que sempre tive medo do escuro...


"Happiness hit her like a train on a track
Coming towards her stuck still no turning back (...)"

sábado, 6 de outubro de 2012



árvore + azul 




Ah, se eu aguento ouvir
Outro não, quem sabe um talvez
Ou um sim
Eu mereço enfim.

É que eu já sei de cor
Qual o quê dos quais
E poréns, dos afins, pense bem
Ou não pense assim

Eu zanguei numa cisma, eu sei
Tanta birra é pirraça e só
Que essa teima era eu não vi
E hesitei, fiz o pior
Do amor amuleto que eu fiz
Deixei por aí
Descuidei dele, quase larguei
Quis deixar cair

(tsc tsc)
Mas não deixei
Peguei no ar
E hoje eu sei
Sem você sou pá furada.

Ai! não me deixe aqui
O sereno dói
Eu sei, me perdi
Mas ei, só me acho em ti.

Que desfeita, intriga, uó!
Um capricho essa rixa; e mal
Do imbróglio que quiproquó
E disso, bem, fez-se esse nó.

E desse engodo eu vi luzir
De longe o teu farol
Minha ilha perdida é aí
O meu pôr do sol.

Vontade de viver mais; de fazer mais; de conseguir o que eu sempre quis.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012



Ponte. Parque do Sabiá.
Uberlândia.
Eu desejei muito que mudanças ocorressem. Eu desejei mudar de ares, de trabalho; desejei mudar os pensamentos e a rotina; desejei mudar de casa e de trabalho.
Algumas mudanças já vieram com força; e as que não vieram, sei que estão por vir, estão chegando...
Mudar tanto pode assustar um pouco, mas eu já estava sentindo a falta do friozinho na barriga!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012




Is this real?
Is this pretend?

sábado, 29 de setembro de 2012



.saudades do que eu não vivi


Flores bonitas numa manhã triste.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eu enganei a mim mesma esse tempo todo. Sim. Agora percebo. Eu me enganei ao fingir não sentir nada profundo; me enganei ao fingir não ter altas esperanças e grandes expectativas; me enganei ao fazer de conta que não pensava no futuro e que não me importava muito com a maior parte das coisas.

Eu me enganei ao fingir não amar com a força que amava; ao fingir não querer com a vontade que queria; ao fingir ser diferente e, no fundo, ser igual a todos. 

Acho que fui uma mentirosa muito eficiente, já que também consegui enganar todo mundo. Mas acho que enganei quem eu não queria; enganei quem eu não devia. E agora, tudo o que me resta é viver no mundo do "se". Pensar em como seria bom e perfeito se fosse diferente. Pensar no que poderia ter sido e no que poderia ser. Enquanto eu penso em tantas possibilidades perdidas, só me resta chorar sozinha as lágrimas que eu venho guardando.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A pressa voltou. Assim como o medo, a ansiedade... Dizem que tudo caminha devagarzinho e bem... Mas às vezes a gente precisa mesmo é que as coisas andem em ritmo acelerado, tão rápido que chegue a ser difícil de acompanhar.

domingo, 23 de setembro de 2012




Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer

Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos

Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim

Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim


Caetano Veloso

sábado, 22 de setembro de 2012

Macro


Simplesmente assistir... E esperar para ver o que acontece... E qual rumo a vida vai tomar.
Eu não vou decidir, não... Eu não vou interferir... Não quero essa responsabilidade pra mim.
Deixo o tempo decidir o que vai acontecer e simplesmente torço para que venha algo de bom pra mim.

(in)completude




Sei o quanto é raro alguém descobrir, antes dos 40 anos, sua vocação. Tem gente que passa a vida inteira sem descobrir. Tem gente que acha que não tem vocação nenhuma; e tem, ainda, gente que sequer pensa nisso.

Posso me considerar sortuda. Aos vinte e quatro anos, descobri minha vocação. Foi uma sensação indescritível, diferente de tudo. Foi como, enfim, encontrar um sentido para a vida.

Escolhi o curso de direito por exclusão, mas acabei acertando em cheio. Agora eu tenho a noção do quanto é bom estudar e aprender algo a fundo quando todo o seu conhecimento se presta a ajudar alguém, ainda mais quando você ajuda quem realmente necessita.

Bem que me disseram que o trabalho engrandece o homem; que o trabalho dá sentido à vida e te permite descobrir e praticar sua vocação. Agora, tudo isso faz sentido.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

19 de setembro de 2012

Hoje são 19 de setembro de 2012. Para mim, nenhum dia em especial. Não é uma data memorável e não tem nada para passar a ser. Um dia comum, como têm sido todos os últimos dias que tenho vivido. Nada de especial acontece. Meus dias têm passado em branco. É como se o dia de hoje fosse a continuação do anterior, porque nada muda.
Só que ontem eu fui dormir com uma sensação de tristeza, e hoje, essa sensação amanheceu comigo. O dia tem passado de forma estranha, em câmera lenta, no modo automático. Estudei o que tinha para estudar, trabalhei o que tinha para trabalhar e.. Nada. A tristeza não foi embora ainda.
Então eu me peguei pensando "o que eu estarei fazendo daqui a um ano? Como eu estarei no dia 19 setembro de 2013?" - sinceramente, espero que eu esteja mais feliz, com uma carreira que faça eu me sentir realizada e com boas pessoas ao meu redor. Espero que seja um dia especial.


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Queima de Etapas



Não sei se é somente atualmente, mas parece que as pessoas estão se tornando cada vez mais imediatistas. Querem ir direto ao “pote de ouro” sem atravessar o arco íris.

Querem ficar ricas sem precisar de trabalhar, se esforçar, se aprimorar... Querem um namoro/casamento perfeito, sem necessidade de dedicação, romantismo, de construir algo sólido e bonito.

E aí as pessoas se esquecem do quanto é gostosa a fase da conquista. O quanto é gratificante você ver o seu esforço gerando recompensas, o seu trabalho crescendo, você se desenvolvendo intelectual e emocionalmente.

É como se as pessoas quisessem que absolutamente tudo tivesse uma versão “prêt-à-porter”. Isso torna as pessoas, a cada dia, mais desinteressadas, e também mais desinteressantes. Ninguém mais quer conhecer algo a fundo, se dedicar à faculdade, ao seu trabalho, à sua carreira...

A impressão que tenho é de que as pessoas estão ficando cada vez mais vazias, mais ocupadas, mais apressadas. Os sentimentos vêm perdendo a importância, pois todo mundo está sempre ocupado demais para sentir.

Mas que mundo chato para viver está se tornando esse que eu conheço!

Monomania


Já te fiz muita canção
São 4, 5, 6 ou mais
Eu sei demais que
tá demais
Eu chego com o violão
Você só tá querendo paz
Você desvia pra cozinha
e eu vou cantando atrás
Hoje eu falei pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é
Hoje eu falei pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você

Se juntar cada verso meu
e comparar vai dar pra ver
Tem mais você que nota Dó
Eu vou ter que me controlar
se um dia eu quero enriquecer
Quem vai comprar esse CD sobre uma pessoa só?

Monomania - Clarice Falcão

segunda-feira, 17 de setembro de 2012




Je n'osais pas te le dire 
Encore moins te l'écrire 
J'attendais le moment 
opportun, important 
Je ne savais pas comment faire 
Oh ! Mon dieu quel enfer 
Et par où commencer 
C'est la timidité... ?



Uma pena!
Se eu pudesse mudar algo em mim, gostaria de ser mais feliz, e menos triste. Talvez eu devesse pensar menos, encontrar uma maneira de afastar pensamentos que me assombram.

A verdade é que, até hoje, sinto que não encontrei o meu lugar, e temo jamais encontrar. Enquanto todos parecem sorrir, sinto que a felicidade sempre foi efêmera para mim.

Talvez seja assim mesmo, talvez eu seja um pouco triste mesmo. Acabei de ler alguns fragmentos de Schopenhauer e, ao falar sobre o sofrimento, esse filósofo brilhante afirma que a tristeza é a regra; e a felicidade, exceção. Talvez ele esteja certo, e todo mundo, embora sempre sorrindo, seja um pouco triste. Ou, talvez, somente eu e ele sejamos assim... Isso explicaria a minha avalanche de pensamentos, minha inclinação artística e meu gosto, melhor dizendo, necessidade crescente de filosofia.

Buscar um sentido, para o que quer que seja, talvez seja ser triste mesmo; já que, no fim, acabamos encontrando sentido nenhum, mas tão somente o acaso.

E a vida, talvez, seja um tanto triste mesmo, mas com alguns curtos momentos de alegria, e talvez somente desta maneira a gente consiga sentir a felicidade: com a tristeza instalada.

Ah não... Se eu pudesse mudar algo em mim, definitivamente, gostaria de ser mais feliz, e menos triste...

domingo, 16 de setembro de 2012

"É exatamente essa dissolução total no presente característica dos animais, que contribui bastante para a alegria que nos fazem sentir os nossos animais domésticos: eles são a personificação do presente, e tornam sensível a nós, em alguma medida, o valor de cada instante despreocupado e sereno, enquanto, no mais das vezes, não damos atenção ao presente, ultrapassando-o em pensamento. Porém, essa propriedade dos animais, de se contentar mais do que nós com a simples existência, os fazem vítimas do abuso de pessoas egoístas e más; tais pessoas, muitas vezes, obrigam seus animais a nada mais desfrutar que a simples existência: o pássaro, cuja constituição o permitiria percorrer o mundo, é preso em um espaço exíguo, onde morre cantando em lenta agonia:

l'uccello nella gabbia
Canta non di piacere, ma di rabbia

O mesmo sucede ao cão, o tão inteligente e mais fiel amigo do homem, que vive preso por correntes! Não consigo ver um cachorro preso sem experimentar imensa compaixão por ele e profunda indignação contra seu dono, e lembro-me com satisfação do caso relatado no Times, há alguns anos, em que um lord, dono de um imenso cão, que mantinha sempre acorrentado, certo dia, passeando pelo jardim, tentou acariciá-lo, e como resposta o cão arrancou-lhe o braço - e com toda razão! Com isso certamente queria dizer: "Não és meu dono, mas meu demônio, fazendo um inferno a minha curta existência". Que todos que deixam seus cães acorrentados sofram o mesmo!"

Arthur Schopenhauer, Do Sofrimento do Mundo, §153.

sábado, 15 de setembro de 2012


É meu bem, eu venho tentando
Mas se você deixar tudo assim, pra mim
Não sei se vou aguentar
É meu bem, eu venho lutando
Mas lutar sozinha perdeu a graça
E eu também perdi minhas forças
Quando penso em desistir, tenho dó
De deixar o presente lá atrás
A vida anda tropeçando, eu sei
A dor vem se instalando, eu sei

É meu bem, eu venho tentando
Mas se você deixar tudo assim, pra mim
Não sei se vou aguentar
É meu bem, eu venho lutando
Mas lutar sozinha perdeu a graça
E eu já perdi minhas forças
Talvez o sentimento seja apenas meu
E esses olhos que choram, também sejam os meus
Talvez isso tudo, na verdade, seja nada
Talvez eu seja, mesmo, nada.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Que saudades do desconhecido
Do que não foi vivido
Esteve esse tempo todo escondido

Então não se esconda mais de mim
Porque agora, tenho sede de viver
Consegui, enfim, aceitar
O que passou, passou
Consegui, enfim, aceitar
Coisas boas que vêm pra mim.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vou procurar alguém
pra retirar do chão
todo o amor em vão
jogado em minhas mãos
que eu desperdicei
nunca mais encontrei

Alguém com tanto zelo
e também tão sincero

E eu nunca aprendi
a aproveitar o amor
que foi entregue pra mim
confiado em mim...

Vou procurar alguém
pra retirar do chão
todo o amor em vão
jogado em minhas mãos
que eu vou desperdiçar
nunca mais encontrar...

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Família, a base da sociedade. Pessoas do mesmo sangue. Laços tão fortes, que a natureza construiu e a lei homologou, fortificou. Laços tão fortes, que perduram por toda a vida, não importa o que aconteça.
Mas nem tudo são flores. A família também abriga discórdia, não só amor; disputas, não só compreensão. Família é também fonte de tristeza, desonestidade, falsidade, trapaças.
É duro enxergar a realidade e perceber que a sua família não é perfeita; que esses laços tão fortes, que se sobrepõem à sua maior vontade, eis que já existiam antes mesmo de seu nascimento, foram subvertidos.
Então você percebe que família nada mais é do que laços biológicos, que a natureza construiu e a lei homologou; laços que perduram por toda a vida, não importa o que aconteça. Dissociados desses laços, há o amor, a compreensão, o companheirismo, os sentimentos mais puros e belos, que vêm de dentro de nós.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Como seria bom se, andando aleatoriamente, surgisse a melodia perfeita..



domingo, 2 de setembro de 2012

Eu estou voltando para o que deixei. Meus discos empoeirados; meu violão desafinado; meus cadernos abandonados.
Os anos foram se passando e meus interesses foram se desprendendo de mim. Tornei-me uma pessoa fria, disciplinada, estudiosa, até admirável.
Mas fui ficando oca, vazia por dentro, e acabei me esquecendo de mim. Quero me resgatar, será que vou conseguir?
Quero ser mais humana. Sentir mais. Viver mais. Tudo de bom que eu conquistei, eu agradeço e procurarei manter. Toda a disciplina, o foco, a facilidade em resolver certos tipos de problemas.
Mas quero resgatar meu eu, quem eu sempre fui e continuo querendo ser quando eu crescer.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mais açúcar, por favor
A vida anda amarga, irmão
Mais carinho, por favor
A indiferença tomou conta de nós

Cadê o amor, tão falado...
Nunca sentido?

Ai, me falta um sentimento
Me bate um desespero
E eu procuro por você...
Cadê?